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Entrevista Exclusiva com o autor Maurício Gomyde!


Ooooooie, meu povo!

Vocês lembram que eu fiz uma resenha, recentemente, sobre o livro A Máquina de Contar Histórias ?  (Não? Então, clique aqui ) Bom, não é surpresa para ninguém que eu amei essa obra. Me emocionei muito e senti uma necessidade enorme de saber mais sobre o autor. Logooooo, o blog conseguiu uma entrevista bem bacana com o Maurício! Vamos correr para conferir a matéria? 

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Olá, Maurício! Seja bem-vindo ao The Best Words Br! 

Muito obrigada por aceitar nosso convite e responder de bom grado esta entrevista. Ficamos muito felizes com sua disponibilidade e esperamos que você curta nosso bate- papo. 
Prometo que tentarei não fazer as perguntas de sempre dos jornalistas de seu livro , hahaha, será que isso é possível??

1) Maurício, você tem quatro livros publicados de forma independente ( O Mundo de Vidro, Ainda não te disse nada , O Rosto que Precede o Sonho, Dias Melhores pra Sempre) e agora tem seu quinto livro ( A Máquina de Contar Histórias) publicado pelo querido Grupo Editorial Novo Conceito. Como você se sentiu quando fechou o contrato com a editora? O que mudou para você em relação ao mercado? 

R: Entrar numa editora nunca foi meu objetivo principal. Digo, é muito bom estar em uma editora que apoia seu trabalho, que te ajuda a colocá-lo na vitrine, claro! Mas quando comecei a escrever decidi mesmo que faria o trabalho de forma independente e o que fosse para acontecer aconteceria naturalmente. Claro que isso acaba exigindo certa dose de paciência e confiança no trabalho, mas eu não vivo apenas da literatura, então tinha tranquilidade para não me exasperar. Quando a Novo Conceito me contatou (e foi a primeira!), eu sabia que já era hora de dar este "passo além". Porque o trabalho independente é muito bom, mas tem certo limite. O fato de você não conseguir entrar nas lojas, por exemplo, é um fator que limita sua atuação. Então está sendo uma experiência interessante. Tanto pelo lado de não fazer mais tudo sozinho quanto pela expectativa de o quanto a exposição será benéfica pro trabalho. Estou amarradão em fazer assim, tudo novo. 

2) Gomyde, como autor, você deve ter uma rotina de escrita e deve pesquisar muito. No entanto, não só de pesquisa "nasce" um livro. Precisamos de sentimento e paixão dentro das páginas ( Ps: e o seu último livro é carregado de tudo isso - me emocionei muito com o enredo). Bom, eu também escrevo e sei que nossos personagens nos sequestram e não nos deixam contar as coisas porque eles querem contar!!! Às vezes, você pensa de um jeito, mas eles te levam para um outro lado. Isso acontece muito com você?? Como é a sua “comunicação” com eles?

 R : Eu tento trabalhar ao máximo "ao lado" das personagens. Muitas vezes, por mais que eu queira que ela siga por determinado caminho, acabo sentindo que aquilo seria forçado ou antinatural. Então procuro o que seria melhor para o desenvolvimento da personagem e para o livro como um todo. Eu me apego mais a algumas e menos a outras personagens. Acho que é normal que seja assim. Tenho meus preferidos em cada livro. rs 

3) Como dissemos acima, você batalhou e conseguiu publicar suas obras. Você pode explanar um pouco sobre o enredo de cada uma delas? Há muito de sua rotina, de sua vida, de suas amizades e de você mesmo em cada página? ( Tá... essa pergunta sempre é feita pelos jornalistas hehehe) 

R: Há muito, sim, tanto de mim quanto de pessoas que conheço. Acho difícil, pelo menos no meu caso, contar algo sobre aquilo que desconheço completamente. Faço muita pesquisa e acabo aprendendo, mas tento falar mais coisas do meu universo. Acredito que assim fique mais crível e o leitor se conecte mais com as personagens. Meus 5 livros passeiam na linha da comédia e do romance romântico. Uns mais para lá, outros mais para cá. Em todos eles acabo falando um pouco de música (uma das minhas atividades, já que sou baterista de rock), colocando referências que gosto. O primeiro, O Mundo de Vidro, é meu livro mais descompromissado. Tem muita palhaçada exagerada e um romance bacana. Muita gente curte, é meu xodó; O segundo, Ainda não te disse nada, escrevi sob a ótica de uma mulher. Foi um desafio bacana, pois precisei me colocar na posição de uma mulher e das amigas. Foi divertido escrever; O terceiro, O Rosto que Precede o Sonho, tenho um carinho especial pois se passa em Brasília, minha cidade. A personagem principal, Tomas Ventura, é um músico, compositor, e tem muito de mim ali; Já o quarto livro, Dias Melhores pra Sempre teve muita pesquisa, porque fala de alguns universos que não domino muito, e acho que é meu livro mais intrincado; Por fim, A Máquina de Contar Histórias tem como protagonista um escritor e... bom, aí é o meu mundo! 

4) Sabemos que você estará presente na Bienal de São Paulo como autor. Você poderia deixar aqui a programação da sua visita? E, além disso, conta para gente: Você já fez A SUA listinha de livros para comprar por lá? Qual é o tamanho dela?

 R: Estarei na Bienal toda, todos os dias. Talvez não apareça muito durante a semana, mas certamente nos dois finais de semana estarei lá. O horário exato do meu lançamento ainda não tenho, pois a NC ainda não passou. Mas estarei por lá, certamente! Quanto à minha lista, este ano vou comprar só livros nacionais, com certeza! 

5) Pelo que sei de sua carreira, você ama o que faz e é feliz com a escolha de sua profissão. Entretanto, se você tivesse que escolher outra carreira, qual seria? 

R: Eu tenho outra carreira, bem mais "burocrática", eu diria. Mas o que gosto mesmo de fazer é escrever livros e tocar música. :) 

6) O mercado editorial é muito concorrido, mas quando se tem talento, a obra ganha destaque. Qual foi sua melhor experiência como autor?

 R: Acho que toda a minha carreira até agora é minha grande experiência. Ainda preciso aprender muito, ainda preciso bater a cabeça, errar, estudar, entender melhor as palavras, os sentimentos, o mercado e a cabeça dos meus leitores. Gosto daquela frase que diz que "o caminho se faz caminhando". E cá estou eu, no meio dele. Espero, apenas, que dure um monte ainda. 

7) Com um certo tempo de caminho profissional, você já aprendeu diversas coisas com pessoas mais experientes. Qual seria a dica que você daria para os aprendizes da escrita?

 R: Acho que todo autor deve encontrar a melhor equação que envolva inspiração e técnica. Nem 100% uma e nem 100% outra. Acho fundamental estudar a escrita, ver como fizeram os grandes, ler muito. E deixar fluir sua melhor inspiração, tudo permeado por este conhecimento e vivências. No fim das contas, diria: "Viva intensamente o livro que você escreve, e já terá valido a pena". 

8) Depois do sucesso das suas obras, podemos esperar mais “cheiro de livro novo” de um dos queridinhos da literatura nacional? Se sim, você tem algum spoiler para nos contar? Fique tranquilo, pois só nós vamos saber. Haha!

 R:  hahaha Ah, como seria bom se eu já tivesse a próxima história toda na cabeça... Tenho algumas ideias, mas ainda não encontrei a veia. Qualquer hora dessa ela aparece, vou torcendo daqui...

9) Eu tive o prazer de conversar com você e adorei seu jeito de dar atenção para cada fã, para cada post e comentário. Obrigada por isso! Sabe quando você sente aquela vontade de ser amiga do escritor? ( Já te considero um amigo ;D ) Mas e você? Se Maurício Gomyde pudesse escolher um autor (a), quem ele escolheria para ser amigo?


R: Nossa, seriam tantos. Mas não vou citar nenhum especificamente. O que eu quero é continuar fazendo tantos amigos escritores que tenho feito por aí. Há tanta gente nova boa, que são mesmo minha inspiração para seguir.

10) E, para encerrar nossa entrevista, você poderia descrever, em uma palavra, o seu amor pelos livros?  

R: Singelo.

Bom, obrigada por dedicar uma parte de seu tempo para conversar conosco, Maurício. 
Muito sucesso e realizações em 2014. 
Abraços da Equipe do TBW BR.

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O Maurício é uma pessoa fantástica! Ele é muito solícito, educado e simpático!
Adorei conhecê-lo! 

Para saber mais do Gomyde, clique aqui!

Espero que tenham gostado da entrevista !


Beijão da Alê!

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